quarta-feira, 28 de abril de 2010

निन्जा गेदें सिग्मा 2



"Ninja Gaiden Sigma" foi criado para apresentar aos fãs da Sony o grande sucesso "Ninja Gaiden", que foi lançado exclusivamente para o Xbox original na geração passada e se tornou um dos principais atrativos do console da Microsoft.

No Playstation 3, a aventura estrelada pelo ninja Ryu Hayabusa ganhou gráficos mais modernos, novos inimigos e alguns pequenos ajustes que o transformaram na versão definitiva do clássico moderno. Agora chega a vez de "Ninja Gaiden Sigma 2" tentar o mesmo diante de "Ninja Gaiden II"

Algumas modificações também foram feitas no curso da aventura principal. A grande variedade de armas do herói foi alterada, por exemplo, com alguns itens completamente limados para favorecer o balanceamento. Com seu progresso, você vai adquirindo novas habilidades e pontos que podem ser trocados por itens de energia ou magia, atualizações para as armas e pontos extras de saúde, que o tornam mais forte, ágil e resistente - e como a dificuldade do jogo foi reduzida em relação ao original, tais incentivos se tornam ainda mais abundantes, mas não necessariamente tornaram o título mais acessível para jogadores casuais.

Novos chefes também foram introduzidos, alguns caminhos entre as fases foram modificados e agora há fases que permitem o controle de três musas da série. A caçadora Rachel, a lutadora Ayane (de "Dead or Alive") e a ninja Momji (de "Ninja Gaiden Dragon Sword") ganham espaço sob os holofotes e se apresentam como um grande sopro de novidade no meio da atribulada jornada de Ryu, com mecânica diferenciada e armas novas.

Missão especial com Ayane

Por mais difícil que o jogo possa ser, as batalhas são extremamente fluidas e sem grandes complicações. O herói conta primeiramente com ataques fortes e fracos. Combinando os ataques, você cria combos únicos e altamente devastadores, que fazem picadinho de seus inimigos. Cada arma possui sua própria série de golpes, a maioria muito satisfatória, e há uma variedade imensa deles para descobrir. Cabe ao jogador identificar qual seu estilo favorito e desenvolvê-lo.

Além da história principal, é possível utilizar o repertório de golpes em outros modos extras como o Team Mission, que funciona como uma partida cooperativa por cerca de 30 fases. A mecânica não parece ter sido otimizada para suportar dois jogadores, mas deve divertir jogadores mais entrosados em combates contra dúzias de inimigos simultâneos. O Chapter Challenge aparece depois que o modo principal é vencido, e traz o jogador novamente ao enredo acompanhado de um multiplicador de pontos, que avalia estilo e performance.

Darksiders



"Darksiders" é o primeiro projeto do estúdio Vigil Games, criado pelo ex-funcionário da NC Soft, David Adams, e pelo artista de quadrinhos Joe Madureira. Trata-se de um game de ação que bebe na fonte de grandes clássicos que vão desde a série "Castlevania" a "Legend of Zelda", mas que consegue ir além da cópia ao apresentar uma mecânica bem amarrada e um estilo visual marcante.

Fim do mundo

O roteiro com inspirações bíblicas é bem construído e coloca o jogador como Guerra, um dos quatro cavaleiros do apocalipse. O sujeito, ao lado de seus três companheiros, é responsável por arbitrar o combate final entre as forças do Céu e Inferno que ocorrerá no reino dos homens assim que sete selos sagrados forem rompidos. O problema é que o guerreiro é enganado pelo que parece ter sido um início prematuro do fim do mundo e precisa encontrar o responsável, protegido em algum lugar de uma Terra destruída e ocupada por demônios e anjos.

O cerne do game funciona como em "God of War". Guerra é destituído de seus grandes poderes logo no início da aventura e precisa se reequipar para poder enfrentar as maiores ameaças. A busca leva a encontrar seu cavalo Ruína, armas especiais como uma foice e uma manopla, além de bônus na forma de golpes especiais ou energia extra. Os combates são recheados de combos e eventos Quicktime aparecem nas lutas contra os chefes - assim como na aventura de Kratos, é preciso pressionar os botões indicados na tela para finalizar os adversários mais fortes.

A exploração também é similar ao do sucesso da Sony, com pitadas de games como "Metroid" em que é necessário falar com o sujeito X no local Y e coletar o item W para abrir a porta Z. Há muita coisa a ser descoberta, assim como referências a outros games em pequenos eventos que pontuam a ação.

Apesar das citações, não trata de uma mera cópia de sucessos consagrados. "Darksiders" se beneficia de um design inteligente de estágios que sabe misturar bem todos esses elementos com naturalidade. Não há muitas divisões brutas entre um momento "Zelda" ou um trecho "God of War", com elos orgânicos. Os puristas certamente torcerão o nariz, mas se trata de um coquetel bem batido.

Boa parte do sucesso de "Darksiders" também pode ser atribuído ao inspirado trabalho de Madureira. Ele, que foi um dos artistas de quadrinhos mais populares da década passada nos EUA, continua com seu estilo que mistura traços de mangá a convenções clássicas das obras americanas e proporciona um visual bastante interessante. Os personagens são exagerados, com braços longos e cheios de acessórios absurdos, que conquistam pelo exagero e pela excentricidade. Há também um bom uso da paleta de cores, com a escolha de tons fortes que lembram as páginas de quadrinhos modernos.

Os gráficos conseguem reproduzir de maneira fiel os designs do artista, que já ilustrou títulos como "X-Men" e "Battle Chasers". Ainda que os cenários pareçam um pouco aborrecidos pela falta de uma maior quantidade de elementos de cena, há uma boa variedade de monstros e objetos a serem destruídos, o que instiga ainda mais a exploração e o avanço.

O áudio é superior não só no uso de efeitos surround, mas também na dublagem. A equipe de atores escalada é experiente e conta com nomes como Mark Hammil, o eterno Luke Skywalker que há pouco tempo interpretou o Coringa em "Batman: Arkham Asylum", e a atriz Moon Bloodgood, que pode ser vista em filmes como "O Exterminador do Futuro: A Salvação".

Bayonetta




"Bayonetta" é o novo game de Hideki Kamiya, designer de "Viewtiful Joe" e outros games famosos para a Capcom, que hoje é co-diretor do estúdio Platinum Games, de "MadWorld" e "Infinite Space". De certa maneira, o lançamento é uma evolução de seu maior sucesso na antiga empresa, "Devil May Cry", com elementos remodelados e aperfeiçoados.

A tal Bayonetta é uma voluptuosa bruxa que se envolve em uma trama maluca sobre uma guerra celestial em uma cidade fictícia da Europa e utiliza maneiras bastante excêntricas para destruir inimigos. Sua roupa, por exemplo, tem a tendência de se desfazer durante os combates e deixá-la nua, já que o tecido é criado em tempo real por seu próprio cabelo, que também pode se transformar em punhos gigantes, monstros gigantes e outras formas de grande utilidade.

Bayonetta também conta com dois pares de pistolas. Duas destas armas ficam acopladas aos saltos de suas botas, para combos acrobáticos em que disparos se mesclam com socos, chutes e piruetas. Os outros itens e acessórios que surgem são igualmente estranhos - imagine abrir uma porta com uma chave gigante ou enfrentar anjos com um trombone - e criam uma surpresa atrás da outra. Aliás, surpresas é o que não faltam no game.


A heroína é desinibida, mas é certo que a proposta passa longe do pornográfico. É pura sátira. As situações, reviravoltas e o comportamento dos personagens são tão absurdos e exagerados que não dá para levar nada a sério. É um game que joga de lado as convenções atuais do gênero de ação em terceira pessoa, numa tentativa de fugir do marasmo conceitual que hoje reutiliza sem dó sujeitos carrancudos repletos de armas gigantes em alguma missão épica por aí.

Claro que a abordagem não daria certo se as fundações do jogo não fossem sólidas. Kamiya foi inteligente e utilizou a mecânica básica de "Devil May Cry" para dar forma ao funcionamento de sua nova empreitada. O combate é bastante parecido, repleto de golpes que se emendam em combos, chefes gigantes e até conta com o suporte de uma loja para aquisição de itens e armas.

As novidades, no entanto, são muitas. No momento exato em que um inimigo está para acertar Bayonetta, por exemplo, é possível se esquivar para ativar o Witch Time, que coloca tudo em câmera lenta e abaixa a guarda dos inimigos para um contra-ataque. Há também um movimento de tortura que pode ser acionado quando uma barra especial está cheia, o que evoca equipamentos como guilhotinas e damas de ferro para finalizar inimigos.

Todas as mortes e destruição de certos objetos - além de um minigame - garantem o acúmulo de auréolas (que mais parecem os anéis da série "Sonic the Hedgehog") que servem como moeda no game. Bayonetta também pode coletar materiais para criar itens que melhoram seus golpes ou recuperam sua energia, entre outras facilidades.

Há muito conteúdo a ser habilitado, descoberto ou comprado durante a trama. Tanto que é preciso revisitar a aventura para adquirir auréolas suficientes para adquirir roupas especiais e outros itens de interesse. Isto, aliado a um esquema de pontuação por notas, aumenta a vida útil do game de forma dramática.

O aspecto técnico do jogo segura a onda e mantém a ação sempre variada e em alta rotação, com controles extremamente precisos. A apresentação não chega a ser de deixar o queixo no chão, mas é suficiente para dar vida aos delírios de seus criadores. Os modelos são detalhados e apresentam degradação de acordo com os ataques sofridos e os cenários apresentam partes destrutíveis, entre outras minúcias. A animação é de primeira, com movimentos bizarros e piruetas bastante reveladoras por parte da protagonista.

O áudio é igualmente adequado e conta não só com uma dublagem de primeira em inglês, mas com uma trilha sofisticada que consegue pontuar bem todos os momentos da narrativa. Há espaço até para incluir um remix de "Fly Me to the Moon", canção dos anos 1950 imortalizada por nomes como Johnny Mathis e Frank Sinatra e que também já fez parte da trilha do popularíssimo animê "Neon Genesis Evangelion".