sexta-feira, 27 de março de 2009
Kill Zone 2
Uma experiência de guerra brutal, intensa, frenética e marcante. O enredo dá continuidade direta às histórias dos títulos anteriores. A principal diferença fica para o fato que desta vez saímos do planeta Vekta, palco dos primeiros dois episódios e lar da Interplanetary Strategic Alliance, exército do qual o protagonista faz parte.
A batalha agora acontece em Helghan, residência dos Helghast, o exército inimigo no qual os soldados usam a característica máscara de olhos vermelhos e brilhantes
Helghast querem a supremacia:
Você começa no olho do furacão, na frente de batalha. Progride, é obrigado a fazer um desvio, invade fortalezas subterrâneas, retoma a rota principal e eventualmente se defronta com o principal general ou similar do grande líder do exército inimigo. Previsível sim, empolgante também.
Toda essa emoção é mérito do magnífico trabalho realizado pela Guerrilla. Os gráficos são absolutamente sensacionais, destacando-se com folga dentre os melhores do PlayStation 3. Todavia, o mérito maior não está tanto na tecnologia, na quantidade de polígonos em ação, efeitos ligados e filtros presentes. O grande trunfo reside na ambientação criada com todo esse arsenal técnico. O clima de guerra é eminente, a todo momento se ouvem tiros, explosões, edifícios em ruínas e uma densa névoa de poeira inunda os cenários, quase como um lembrete da destruição que o rodeia.
A interação com cenários é meticulosa. Nem todos os objetos que se vê são interativo. Contudo, tais elementos abundam em momentos decisivos, no calor da batalha. Quase tudo usado por cobertura pelos soldados fica marcado de balas, quebra de alguma maneira ou desfaz. Os elementos convergem para a grande proposta de "Killzone 2": criar uma experiência cinematográfica interativa.
A grandiosidade de ambientes é digna de produções de Hollywood, assim como a quantidade de explosões, balas, granadas e soldados que voam pelos cenários.
A trilha não deixa por menos. Suntuosa e poderosa, inclui quase meia hora de faixas orquestradas, executadas pela Orquestra Sinfônica de Londres. Em meio a tanto esmero, a dublagem não teria como ser diferente: segue o padrão dos episódios anteriores, e do próprio estilo de jogo, sendo ótima.
Nos controles "Killzone 2" não complica e mantém a premissa de unir conceitos de sucesso dos concorrentes. Ele não inova, mas refina, por assim dizer. Por exemplo, o consagrado sistema de cobertura se faz presente de maneira muito similar - troca-se basicamente a perspectiva, que em "Killzone 2" é em primeira pessoa.
A configuração de botões remete a Halo, privilegiando o fácil acesso a ataques físicos (pouco usados, mas eficientes) e granadas (sempre úteis). Os armamentos adquiridos na epopéia em Helghan não são de todo impressionantes, optando por um design sóbrio e brutal a maluquices que tanto tem aparecido, ainda mais em títulos de ficção científica e temática espacial. Metralhadoras e pistolas aparecem em grande variedade, tal qual outros equipamentos já conhecidos: shotgun, rifle de franco-atirador, lança-foguetes. Sobram os experimentos para uma arma elétrica de munição infinita, outra que dispara balaços de imensa energia e algumas outras surpresinhas.
As opções de partida online para vários jogadores garantem imensa sobrevida mesmo após o fim da campanha principal - relativamente extensa, exigindo cerca de 10 horas para ser finalizada por alguém com experiência no gênero. O sistema busca inspiração em "Call of Duty 4" e "Team Fortress 2", privilegiando trabalho em equipe assim como evolução de personagens, o que confere habilidades extra.
Engendrando isso tudo, um sistema estável que permite até 32 jogadores se enfrentando simultaneamente e elaborados sistemas de clãs e torneios. Promissores, mas ainda com muito a provar. De qualquer forma, tem potencial para desbancar até o colega Resistance (seja o primeiro ou segundo jogo) na preferência dos multiplayer online - ficando parelho com Call of Duty 4.
Ainda no aspecto online, Killzone 2 registra dezenas de estatísticas suas, que podem ser enviadas à comunidade oficial do game na rede PSN e depois comparadas com amigos e outros jogadores.