segunda-feira, 10 de maio de 2010

Lost Via Domus



"Lost Via Domus" segue o estilo de jogos de ação e resolução de enigmas, como "Resident Evil" - só não espere ver zumbis, tomar muitos sustos ou disparar muitos tiros. Elliott basicamente explora florestas, praias e cavernas e troca itens e informações com outros personagens. De vez em quando ele foge do monstro de fumaça, dos tiros dos Outros ou até mesmo resolve minigames que envolvem a troca de alguns fusíveis em painéis de controle. É tudo muito rápido e rasteiro e aquele com uma mínima intimidade com um joystick podem terminar o game em menos de oito horas.

Há pelo menos uma grande sacada, que é no uso dos flashbacks: assim como na série, a trama de Elliott é pontuada por flashes de seu passado, que contêm pistas para recuperar sua memória. E estes momentos são totalmente interativos. Com o uso de sua câmera, você deve fotografar momentos-chave e ainda descobrir extras escondidos, o que aumenta o interesse na exploração, ainda que tudo seja bem curto e rápido.

Para um jogo feito de maneira relativamente rápida, "Lost Via Domus" é muito bem apresentado. Os gráficos são de primeira e trazem todo tipo de recurso visual que se espera de um jogo moderno.

A transposição dos atores para polígonos foi realizada de forma competente, os modelos de Jack, Hurley, Lock e Kate, por exemplo, são excepcionais e primam pelos detalhes.
Agora, o aspecto técnico que realmente merece aplausos é a trilha sonora. As faixas, compostas pelo recentemente indicado ao Oscar, Michael Giacchino, entre várias criadas especialmente para o jogo e outras reutilizadas da série, estão entre as melhores dos últimos tempos. Elas pontuam muito bem a ação e contribuem para o envolvimento e o clima de mistério de maneira espetacular. É raro encontrar um jogo que utilize tão bem este aspecto e, com certeza absoluta, sem sua trilha, "Lost Via Domus" seria uma experiência ainda menos interessante.