"Ninja Gaiden Sigma" foi criado para apresentar aos fãs da Sony o grande sucesso "Ninja Gaiden", que foi lançado exclusivamente para o Xbox original na geração passada e se tornou um dos principais atrativos do console da Microsoft.
No Playstation 3, a aventura estrelada pelo ninja Ryu Hayabusa ganhou gráficos mais modernos, novos inimigos e alguns pequenos ajustes que o transformaram na versão definitiva do clássico moderno. Agora chega a vez de "Ninja Gaiden Sigma 2" tentar o mesmo diante de "Ninja Gaiden II", uma continuação menos inspirada que chegou ao Xbox 360 no ano passado.
Basicamente um vilão rouba um artefato mágico e o usa para abrir os portões do inferno. Ryu Hayabusa precisa então caçá-lo ao redor do mundo em locações variadas. Ao menos os cenários servem como palcos interessantes para a ação visceral que faz o charme do game. A mecânica não muda muito em relação ao jogo de 2004: além das lutas, há elementos de plataforma, exploração, acrobacias à "Prince of Persia" e batalhas contra chefes impiedosos. No entanto, não espere a imensa quantidade de sangue derramado do Xbox 360; aqui no Playstation 3, os inimigos tem bem menos fluido correndo pelas veias e o choque visual de suas mortes já não é tão intenso, assim como cenas de perfuração, decapitações e outros momentos brutais das cenas de história.
Outras modificações também foram feitas no curso da aventura principal. A grande variedade de armas do herói foi alterada, por exemplo, com alguns itens completamente limados para favorecer o balanceamento. Com seu progresso, você vai adquirindo novas habilidades e pontos que podem ser trocados por itens de energia ou magia, atualizações para as armas e pontos extras de saúde, que o tornam mais forte, ágil e resistente - e como a dificuldade do jogo foi reduzida em relação ao original, tais incentivos se tornam ainda mais abundantes, mas não necessariamente tornaram o título mais acessível para jogadores casuais.
Novos chefes também foram introduzidos, alguns caminhos entre as fases foram modificados e agora há fases que permitem o controle de três musas da série. A caçadora Rachel, a lutadora Ayane (de "Dead or Alive") e a ninja Momji (de "Ninja Gaiden Dragon Sword") ganham espaço sob os holofotes e se apresentam como um grande sopro de novidade no meio da atribulada jornada de Ryu, com mecânica diferenciada e armas novas. Pena que tais missões durem pouco.
Por mais difícil que o jogo possa ser, as batalhas são extremamente fluidas e sem grandes complicações. O herói conta primeiramente com ataques fortes e fracos. Combinando os ataques, você cria combos únicos e altamente devastadores, que fazem picadinho de seus inimigos. Cada arma possui sua própria série de golpes, a maioria muito satisfatória, e há uma variedade imensa deles para descobrir. Cabe ao jogador identificar qual seu estilo favorito e desenvolvê-lo.
Além da história principal, é possível utilizar o repertório de golpes em outros modos extras como o Team Mission, que funciona como uma partida cooperativa por cerca de 30 fases. A mecânica não parece ter sido otimizada para suportar dois jogadores, mas deve divertir jogadores mais entrosados em combates contra dúzias de inimigos simultâneos. O Chapter Challenge aparece depois que o modo principal é vencido, e traz o jogador novamente ao enredo acompanhado de um multiplicador de pontos, que avalia estilo e performance.