terça-feira, 10 de agosto de 2010
Midnight Club: Los Angeles
Quando jogamos algum exemplar da série "Midnight Club" é que lembramos que a Rockstar não vive só de "GTA" e nem sempre produz jogos polêmicos - mesmo que corridas ilegais não sejam lá um belo exemplo para a sociedade. De qualquer forma, é um território bastante explorado nos dias de hoje, se tornou comum nos videogames, e a empresa resolveu lançar mais um game da já tradicional franquia para os consoles da geração atual, agora explorando pontos estratégicos da cidade Los Angeles. E o resultado ficou bastante divertido, ainda que pouco diferente da competição.
Rei das ruas
O esquema de jogo permanece praticamente o mesmo. Você passeia pelas ruas da cidade em busca de desafios. Ao encontrar algum rival, pisca os faróis e corre até um ponto de partida. Aí é só ir em direção à chegada, seguindo a indicação de alguns pontos de luz estrategicamente posicionados (ou não) e desviando do tráfego local. Claro que este é o modelo de uma corridinha básica, e há algumas variações presentes como corridas contra o tempo e pequenos torneios, várias inclusive ligadas ao modo de história.
Correndo por L.A.
Toda a performance gera reputação e, claro dinheiro, como todo jogo do gênero que se preza. Com a progressão, você adquire upgrades e novos carros, deixando seus desafios mais complicados, com os oponentes se tornando mais agressivos e a polícia interferindo ainda mais na sua atuação. O problema é que às vezes o computador parece exagerar na dose. Em algumas corridas, "Midnight Club: Los Angeles" parece lembrar alguns antigos jogos de corrida da era 16 bits; não importava qual a vantagem que você tinha dos rivais, eles sempre tomavam uma dianteira absurda a qualquer erro seu, mesmo possuindo um carro igual ou inferior, e depois se tornava quase impossível recuperar a posição.
Com alguma sorte, tal tarefa se torna gerenciável aqui, graças a um pouco de sorte e aos controles bem soltos. A Rockstar fez questão de deixar a dirigibilidade um pouco frouxa, tornando mais fácil as derrapagens, o que permite curvas mais fechadas e algumas manobras mais ousadas em meio ao trânsito da cidade, somando a isso a necessidade de aproveitar o vácuo para um ganho na velocidade.
Questão de gosto
No modo online as coisas se tornam mais interessantes, em um esquema parecido com o de "GTAIV", em que você aciona o menu dentro do jogo e seus amigos começam a aparecer no seu telefone. Há corridas simples e alguns modos mais interessantes, como modos de capturar bandeiras como Keep Away e Stockpile. Pena que com muitos jogadores online, presenciamos alguns momentos de desconexão e lentidão, em ambas as plataformas.
Passeio pelo centro
As músicas são bem ecléticas, mas mostram que a Rockstar está antenada com seu público. Então espere ouvir desde Block Party até Disturbed, passando por Cansei de Ser Sexy, The Chemical Brothers e Ice Cube. E é isto o que você mais vai ouvir, em meio aos tradicionais roncos de motores e buzinas de motoristas enraivecidos vindos na contramão. Mas um excelente jogo para fãns da velocidade.