segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Bionic Commando

Clássico inquestionável da era 8-bits, "Bionic Commando" demorou para ser resgatado pela Capcom diante da recente onda de remakes e reimaginações. Como aperitivo, foi lançado no ano passado um remake competente do jogo original sob o nome de "Bionic Commando: Rearmed". Agora é vez de uma continuação verdadeira, com tecnologia atual empregada para dar novas proporções para a franquia estrelada por Rad Spencer e seu braço mecânico.

Dez anos se passaram desde o clássico oitentista. O soldado Nathan "Rad" Spencer é acusado injustamente de crimes que não cometeu e é condenado à pena de morte. Durante sua transferência para o local de execução, uma bomba é detonada na região causando um gigantesco tremor de terra. O ataque é de autoria de um misterioso grupo terrorista e somente Spencer, que sobreviveu ao ataque, tem a capacidade de se movimentar pelos escombros da cidade e enfrentar os culpados.

Ainda que com um visual diferente, ostentando dreadlocks e um braço biônico um pouco mais robusto, Spencer ainda parece ser o velho herói de antigamente, incapaz de saltar. Assim, é necessário usar o braço para se balançar pelos cenários - no melhor estilo Homem-Aranha, só pesado e menos ágil. O começo é um pouco complicado, pois o herói está separado de seu equipamento e precisa recuperar suas habilidades aos poucos. Há uma curva de aprendizado interessante no processo, mantendo um ritmo bom que se estende até o final do game, quando ele já é capaz de lançar inimigos ao ar ou usar o braço como chicote. Calibres e granadas diversas também ajudam a compor um cenário de destruição adequado às expectativas.

Com tantas opções de combate o jogo cria situações mais diversas e tenta aplicar os recursos de Spencer de forma mais criativa. um destaque digno de nota é uma sequência de objetivos que surge durante a ação, como matar um número x de inimigos, para ganhar bônus importantes como upgrades de equipamentos.

A apresentação de "Bionic Commando" está bem compatível com outros títulos do mercado. É possível notar um investimento sério na criação de cenários e em situações em que Spencer pode utilizá-los.

O som é bastante adequado e segue o padrão dos games no estilo, privilegiando grandes explosões com graves poderosos e temas imponentes inspirados na trilha original. Na dublagem, destaque para a voz do protagonista, feita por Mike Patton, vocalista da fundamental banda Faith No More, que aqui brinca de herói depois e trabalhar em tipos mais sinistros em jogos como "The Darkness" e "Left 4 Dead".

Além da aventura principal, há a possibilidade de reunir alguns amigos para partidas online. Nada muito especial além de modalidades batidas como Team Deathmatch ou Capture the Flag, mas os 16 mapas disponíveis devem garantir diversão por um bom tempo. Como extra, é bom lembrar, há a comunicação entre este jogo e os saves de "Bionic Commando: Rearmed", o que pode habilitar alguns extras e ocupar o usuário ainda mais.