segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Bioshock

"Bioshock" foi um ótimo motivo para comprar um Xbox 360 ou incrementar o PC no ano passado. Tido como um sucessor espiritual da cultuada série "System Shock", o jogo de tiro em primeira pessoa apresentou uma aventura envolvente e misteriosa, com um clima de ficção científica retrô. Agora, um ano depois, chega a vez dos donos de um Playstation 3 terem acesso a este novo clássico, com algumas ligeiras novidades.

Bem-vindo à Rapture

Em uma história ambientada no final da década de 50, o jogador começa a ação sobrevivendo a um desastre aéreo no meio do oceano e descobrindo uma imensa cidade submarina. Batizada de Rapture, foi fundada por um magnata chamado Andrew Ryan, que desejava criar ali uma sociedade desvinculada da civilização, livre das amarras políticas e morais da época. Um local perfeito para artistas, cientistas e pensadores exercitarem suas capacidades sem medo de represália.

Mas algo de errado aconteceu. O local está longe de parecer um santuário para o exercício da mente, agora carregado com um ar decadente e pesado. Seus grandes painéis de neon, seu sistema de som onipresente e sua mobília luxuosa permanecem, em grande parte, inalterados, mas escondem algo de sinistro. Cabe a você descobrir o que aconteceu e como sair dali, esbarrando nos maiores segredos do lugar - e também nos maiores habitantes também, os infames Big Daddies. E algumas de suas decisões irão definir como você verá o final do jogo.

Invasão de Big-Daddies

Embora comece de maneira humilde, com uma chave inglesa, logo seu arsenal melhora, não só com novas armas e upgrades, mas também com alterações genéticas chamadas de Plasmids. Sabe, nada mais interessante do que soltar raio em algum inimigo que está sobre uma poça de água, ou quem sabe dar um choque térmico no sujeito, ao congelá-lo, e depois fritá-lo rapidamente. E esta versão para Playstation 3 já traz todos os Plasmids extras que foram disponibilizados por download para as outras.

Pequenas Mudanças

Além da ação e da exploração, você deve se preparar para escutar muitos trechos em áudio e ler muita coisa em "Bioshock". A história é um componente importante da ambientação e todo detalhe conta, principalmente quando levamos em conta que o jogo traz suporte para troféus. Quebra-cabeças também fazem parte do pacote, e ganham uma melhor performance com o controle do videogame da Sony. A navegação pelos puzzles, que funcionam como um pequeno game de ligar conexões, é bem mais rápida agora. E para os mais bravos, há um novo modo de dificuldade, que torna os recursos mais escassos, tornando a ação bem mais estratégica e tensa, de certa forma, desfigurando a mecânica do jogo de um modo bem interessante.

Na parte técnica pouca coisa mudou, áudio continua impecável, com uma das melhores dublagens já vistas em um jogo, além de uma mixagem que molda o ambiente com uma textura de sons impressionante, por todos os lados, no caso de um equipamento ligado a um home theater de boa qualidade, os gráficos continuam empolgantes. Embora sigam o mesmo padrão das outras plataformas, às vezes com alguns efeitos de luz e sombra mais elaborados, vídeos com melhor definição e algumas texturas mais vivas.

Com trama e a sensação de envolvimento do game ainda impecáveis, conservando uma das melhores e mais nervosas aventuras dos últimos anos. o tempo foi suficiente para consertar os problemas e entregar uma versão definitiva de seu já clássico jogo Bioshock, ponto para a 2K Games que acertou mais uma vez.