segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Operation Flashpoint: Dragon Rising

Em 2001, a Codemasters lançou "Operation Flaspoint: Cold War Crisis", produção do estúdio Bohemia Interactive. Na época, o jogo diferenciou-se dos demais jogos de tiro por sua proposta realista de simulação militar. O game teve uma versão para Xbox, sub-intitulada "Elite" e duas expansões. Nos anos seguintes, a Bohemia Interactive produziu outros games nesse estilo, o mais recente deles foi "ArmA 2", para PC.

Agora a empresa apresenta "Operation Flashpoint: Dragon Rising", que segue a premissa de simulação militar realista do jogo original, no qual a tática conta tanto quanto a pontaria para o sucesso do jogador.

"Dragon Rising" se passa no futuro próximo e tem um roteiro atual, envolvendo a expansão industrial chinesa, a crise financeira mundial e o petróleo, principal motivo por trás dos conflitos militares modernos. No jogo, China e Rússia disputam as reservas petrolíferas da ilha de Skira e para evitar uma guerra de grandes proporções, os Estados Unidos enviam os Marines para o local, para garantir a soberania dos russos sobre o território.

Táticas de guerra

Agir por conta própria, correr pelo campo aberto tentando eliminar todos os inimigos e outras manobras típicas dos games de tiro tem como único resultado em "Dragon Rising" a morte certa. Uma ação precipitada é o suficiente para comprometer toda a missão.

No comando de outros três soldados, o jogador deve cumprir os objetivos apresentados. Os subordinados respondem bem aos comandos, mas se deixados à própria sorte não são um exemplo de eficiência. A Codemasters realizou um bom trabalho ao adaptar os comandos do jogo, mais apropriados ao PC, para os controles dos consoles. Ao toque de um botão, o jogador tem acesso a diversos comandos, selecionados com o direcional digital. Os comandos podem ser ordenados durante a ação, ou no mapa, onde é possível observar a movimentação dos aliados e inimigos nas proximidades. A ação não é interrompida enquanto examina-se o mapa tático, o que aumenta a tensão dos combates.

A curva de aprendizado de "Dragon Rising" é acentuada pela diversidade de opções presentes, tanto na hora de ordenar aos aliados o que fazer quanto nas diferentes opções de armas, equipamentos e munições disponíveis para o jogador. No nível Hardcore, a dificuldade é ampliada pela total ausência de mostradores na tela.

Os combates táticos, com seu mapa e esquadrões, remetem em primeiro momento à série "Brothers in Arms", mas a experiência de jogo em "Dragon Rising", dirigida para o realismo, garante uma imersão maior e combates menos repetitivos.

As missões desenrolam-se em um grande cenário aberto e o jogador pode abordar os objetivos pela direção que preferir. Não é necessário eliminar todos os inimigos para concluir uma missão com sucesso e o jogador é levado a pensar estrategicamente, procurando a rota mais segura para atingir o alvo. Isso pode significar percorrer grandes distâncias até encontrar alguma resistência. É possível pilotar veículos como jipes e até mesmo helicópteros em alguns momentos. Caso o jogador prefira, pode ocupar o assento do passageiro e por meio do mapa indicar para onde o piloto deve dirigir.

Produzidos com a Ego Engine, o mesmo motor gráfico de "Dirt 2", os gráficos do jogo não são impressionantes, mas cumprem seu papel de maneira adequada, com efeitos de iluminação bem executados. O mesmo pode ser dito dos efeitos sonoros, que complementam a imersão.

Ao jogar no modo cooperativo (online ou em rede local, com vários consoles) com outras três pessoas, é possível optar por missões específicas ou atravessar toda a campanha com os amigos. Também há partidas em que dois dois grupos de quatro jogadores se enfrentam, com três bots para cada participante. No PC, o suporte nessas partidas é para 16 jogadores. Em ambos os casos, o uso de microfone é fundamental para a coordenação do grupo e pode ser a diferença entre a vitória e a derrota.