segunda-feira, 1 de novembro de 2010

The Godfather 2

Em 2006, a Electronic Arts adaptou o clássico do cinema "O Poderoso Chefão" em um ambicioso jogo de ação 3D que seguiu de perto o enredo do filme e aproveitou algumas de suas lacunas para inserir o protagonista controlado pelo jogador. Tal fidelidade - contando, inclusive, com muitas vozes do elenco original - e novidades interessantes adicionadas a um esquema similar ao de "Grand Theft Auto", como a extorsão de comerciantes e o controle de pontos estratégicos pela cidade contra as famílias rivais, tornaram o projeto um grande sucesso.

Uma inevitável continuação entrou logo em produção, mirando na expansão de eventos inéditos na trilogia cinematográfica e novos elementos para tentar se afastar ainda mais da sombra do blockbuster da Rockstar.

Aqui a história toma várias liberdades em relação ao longa-metragem de 1974, alterando desde atitudes de personagens a sequências inteiras, o que vai de encontro à proposta do game anterior, que apenas tentou complementar o que foi visto no cinema.

Seja um instrumento de vingança

Não há menção ao jovem Vito Corleone e aos flashbacks. Aqui a história se foca nos planos de Michael Corleone para a família, em especial a expansão das atividades relacionadas a cassinos e jogos de azar em Las Vegas e outras regiões, por intermédio do gângster Hyman Roth. O jogo começa no trecho em Cuba, entre o aniversário de Roth e o Réveillon, quando estoura o golpe liderado por Fidel Castro e todos os estrangeiros são obrigados a fugir desesperadamente do país.

Neste ponto a história do videogame se intromete, colocando Aldo, o protagonista do primeiro jogo, junto aos Corleone em Havana. Ele acaba tomando a postura cautelosa que, no filme, seria a de Michael apenas para ser assassinado nos primeiros minutos, sem nenhuma cerimônia. Assim, o caminho fica aberto para seu braço direito, Dominic, que passa a cuidar dos negócios de Aldo em Nova York enquanto o resto da família se volta para outros problemas.

O esquema do jogo permanece basicamente o mesmo do anterior, com algumas adições importantes. Quem não jogou o original, deve se preparar para correr pelos cenários em busca de comerciantes para extorquir até o completo domínio dos bairros, expulsando as famílias rivais do território.

A diferença é que agora as ações são um pouco mais estratégicas. Ao controlar pontos de atuação semelhante - como tráfico de armas ou prostituição - você forma cartéis que garantem bônus interessantes, como coletes à prova de balas ou carros blindados. Seus inimigos também contam com algumas dessas vantagens, então também se torna necessário controlar capangas para vigiar suas propriedades.

A chave para o sucesso dos Corleone

Tudo isso pode ser gerenciado em uma nova tela chamada "Don's Vision". Ali é exibido o status de sua organização, inclusive o ranking dos membros dela. Isto é importante para manter o controle do grupo, uma vez que agora se torna necessário contratar guarda-costas para as investidas. Há médicos, incendiários e engenheiros - entre várias outras especialidades - prontos para seguir seu passos e atuar em momentos bastante específicos. Caso alguém não dê conta do serviço, é possível também melhorar suas características. Tudo isso é bem interessante e cria uma maior profundidade na ação, que sempre pareceu um pouco repetitiva no original. É bastante divertido ver rivais perdendo terreno e ter uma visão global de seu território.

O aspecto multiplayer possuí alguns modos interessantes a serem explorados, como a disputa entre chefões por território e os mata-mata entre times de especialistas.